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Estes são os meus apontamentos...
Exposição de Almada Negreiros nos Museu da Eletricidade.
- Quer tirar uma foto comigo ao lado da tela?
- ... (a sorrir com espanto, mas aberta à experiência)
- Sabe quem eu sou?
- Diga-me (...) terei imenso gosto em tirar a foto consigo.
Seguiu-se uma conversa muito interessante.
Aguardo o lançamento do livro A Questão dos Paineis- Assim Fala Geometria - edição Assírio e Alvim (no âmbito das comemorações dos 120 anos de Almada Negreiros), com entrevistas feitas na década de 60 por António Valdemar.
- Mãe, és bonita.
...
- Mãe, tu fazes tudo sozinha. Mas eu vou estar SEMPRE ao pé de ti.
...
- Anda cá, quero dar-te um beijinho.
: )
A entrevista da Jessica Athayde para a plataforma MARIA CAPAZ, é incrivelmente terra a terra.
Quando uma maioria se esforça tanto em se esconder, é preciso admirar quem consegue ser tanto ao expôr assim fragilidades. Revela e dá força.
Enorme nesta exposição.
"Fomos maltratados pela geração anterior a Orpheu, mas a honra foi ganha não só por nós, mas por eles, porque eles modificaram a opinião e... tendo começado por nos atirar à cara com as tábuas de Nuno Gonçalves, foram extamente os rapazes do Orpheu que concluiram o inigma da sua construção. Cabe portanto neste gesto (...) esta coisa importantissima de que a geração anterior ao Orpheu nem sequer nos supunha, então porque nos combateu?"
Almada Negreiros - entrevista em 1968
Capa da Orpheu Nº 1 de Luís de Montalvor, Mário de Sá-Carneiro, Ronald de Carvalho, Fernando Pessoa e José de Almada Negreiros.
Revista foi recebida como um terramoto. Cem anos depois é assinalada com exposições e Colóquios.
Para quem tiver curiosidade, pode ver AQUI, versão digitalizada da revista.
* um dos mimos pela qual a revista Orpheu foi chamada pela imprensa da época.
queria fechar-se inteiro num poema
queria fechar-se inteiro num poema
lavrado em língua ao mesmo tempo plana e plena
poema enfim onde coubessem os dez dedos
desde a roca ao fuso
para lá dentro ficar escrito direito e esquerdo
quero eu dizer: todo
vivo moribundo morto
a sombra dos elementos por cima
Herberto Helder
Registo em audio pela voz do próprio AQUI.
Um dos poemas do livro "A Morte sem Mestre", lançado no ano passado com CD audio com poemas ditos pelo próprio.
Sai da sombra, vem prá luz que vai nascer.
Sai do medo, olha o dia a amanhecer.
Sai do frio olha o fogo a acender, acender...
Sai de casa, sai de ti, desata os nós.
Solta os versos e a coragem, solta a voz.
Olha o sol que vai chegar p'ra te aquecer, aquecer...
Como um fio de lã a tecer o amor
Como um fio de luz a bordar a vida...
Que vai chegar...
Olha o sol que vai chegar p'ra te aquecer.
Como um fio de lã a tecer o amor
Como um fio de luz a bordar a vida...
Como um fio de lã a tecer o amor
Como um fio de luz a bordar a vida...
A tecer... amor
A bordar... vida
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